Resenha: Na ilha - Tracey Garvis Graves

       Título original: On the island
       Gênero: Romance
       Editora: Intrínseca
       Nota: 
       Páginas: 288
       Skoob: Na Ilha

Anna Emerson é uma professora de inglês de 30 anos desesperada por aventura. Cansada do inverno rigoroso de Chicago e de seu relacionamento que não evolui, ela agarra a oportunidade de passar o verão em uma ilha tropical dando aulas particulares para um adolescente. T.J. Callahan não quer ir a lugar algum. Aos 16 anos e com um câncer em remissão, tudo o que ele quer é uma vida normal de novo. Mas seus pais insistem em que ele passe o verão nas Maldivas colocando em dia as aulas que perdeu na escola. Anna e T.J. embarcam rumo à casa de veraneio dos Callahan e, enquanto sobrevoam as 1.200 ilhas das Maldivas, o impensável acontece. O avião cai nas águas infestadas de tubarão do arquipélago. Eles conseguem chegar a uma praia, mas logo descobrem que estão presos em uma ilha desabitada. De início, tudo o que importa é sobreviver. Mas, à medida que os dias se tornam semanas, e então meses, Anna começa a se perguntar se seu maior desafio não será ter de conviver com um garoto que aos poucos torna-se homem.

Resenha:

Anna é uma professora/tutora de inglês  e é contratada para passar umas 'férias' com a família de um rapaz chamado T.J. Ele sofre de um cancer na garganta, por isso perdeu grande parte das aulas. Afim de recuperar o tempo perdido, Anna é a escolhida para ajudá-lo neste período.

Mas, o inesperado acontece: o avião em que Anna e T.J estavam viajando cai em uma ilha (das muitas ilhas do local) e eles acabam ficando presos nela por um longo, longo tempo.

T.J tem 17 anos, e Anna 30. Quando nos deparamos com a diferença enorme de idade entre os dois chegamos a diversas conclusões do que pensar sobre o relacionamento deles. Mas é assim, simples e natural. Tudo ao seu tempo, cronometrado (mesmo sem o relógio hehehe).

"Eu gostava da Anna. Muito. Sem ela, realmente a ilha teria sido um saco." Pág 58

Bom, não tenho muito o que contar da história. Como a sinopse conta muito, e o resumão fica bem fácil de fazer, é simples. Mas não tão simples assim.

O livro é carregado de sentimentos. Todos sendo aflorados com o passar das páginas (assim como para os personagens, o passar o tempo).

Sempre me fizeram aquela pergunta mágica, que diz o seguinte: se você ficasse presa numa ilha deserta, e pudesse escolher apenas uma coisa, o que, ou quem, levaria? E eu achava que tinha essa resposta, mas depois de ler o livro, sinto que me enganei completamente com o que pensava.

A vida parece tão simples e fácil ao nosso ver. Nossa sobrevivência, o dia a dia, nossas tarefas diárias, a rotina. Parece que só existe isso, e nada mais. Os valores que damos as coisas, as pessoas, tudo passa como um borrão na sociedade. Principalmente por conta do tempo (ou da falta dele).

Mas ao ler este livro MARAVILHOSO pude perceber os enormes valores que temos, e nem sempre percebemos. O que uma pessoa, por mais simples que seja, muda a nossa vida, só de estar por perto.

Agora sim, eu tenho minha resposta para aquela pergunta que sempre me faziam: sim, eu escolheria levar uma pessoa. Mesmo que desconhecida, não importa quem, seria uma pessoa.

O que a falta do contato humano pode fazer com a pessoa? Acho que nós nunca pararemos para pensar sobre o assunto. Não até sofrer o que Anna e T.J sofreram.

Enfim, o livro é explêndido. Personagens bem criados, cheio de diálogos (o que eu adoro) e principalmente a intercalagem de narração. Vemos o ponto de vista, o sentimento e a visão dos dois personagens mais importantes do livro. Vemos seus sentimentos crescerem, aflorarem... Vemos a maturidade (independente da idade dos personagens) crescer e se formar. 

"T.J parecia ter mais que seus dezessete anos. Reservado, até. Talvez o fato de enfrentar problemas graves de saúde tenha eliminado a parte do comportamento imaturo que vinha à tona quando as únicas preocupações eram tirar a carteira de motorista, matar aula ou chegar mais tarde em casa." Pág. 66

Vejam este book-trailer lindo feito por uma fã. Da pra ter uma noção melhor do que esperará da leitura.

Beijos!