Resenha: Sangue Quente - Isaac Marion + Bookshelf

Oi Gente! Hoje, temos a resenha do livro Sangue Quente

Ahh, vocês devem ter reparado, mudamos novamento o nosso layout. Sim, já mudamos umas 500 vezes, mas me perdoem, eu estava tentando encontar algo que me agradasse por "inteiro"... rs Espero que vocês tenham gostado desse. ; )

Mas agora, vamos ao que interessa! Segue a resenha! rs

• Título original: Warm Bodies 
• Editora: Leya
• ISBN:  9788580440331
• Páginas: 252
• Compare preços: aqui.
• Skoob: Sangue Quente

R é um jovem vivendo uma crise existencial - ele é um zumbi. Perambula por uma América destruída pela guerra, colapso social e a fome voraz de seus companheiros mortos-vivos, mas ele busca mais do que sangue e cérebros. Ele consegue pronunciar apenas algumas sílabas, mas ele é profundo, cheio de pensamentos e saudade. Não tem recordações, nem identidade, nem pulso, mas ele tem sonhos. Após vivenciar as memórias de um adolescente enquanto devorava seu cérebro, R faz uma escolha inesperada, que começa com uma relação tensa, desajeitada e estranhamente doce com a namorada de sua vítima. Julie é uma explosão de cores na paisagem triste e cinzenta que envolve a "vida" de R e sua decisão de protegê-la irá transformar não só ele, mas também seus companheiros mortos-vivos, e talvez o mundo inteiro.

 Resenha:

Zumbis. Quando eu achei que todos os tipos de seres já haviam sido explorados na literatura, Isaac Marion nos apresenta os Zumbis. E ele foi bem ousado com isso, eu penso.

Eu não sabia muito bem o que esperar dessa estória, mas achava que seria mais uma estória como as outras, onde duas pessoas (ou seres, rs) vivem um amor proibido e blá, blá, blá, como vemos em várias estórias por aí, e realmente é isso que acontece! Mas em Sangue Quente, o mundo que nós conhecemos já não é mais o mesmo, tudo foi tomado pelo caos, as pessoas não morrem mais como deveriam.

O livro é narrado em primeira pessoa por "R", o nosso "mocinho" da vez, que está morto e não se lembra do seu nome. No inicio, ele nos apresenta o seu mundo, como e onde os Zumbis vivem, como se alimentam, como funciona sua pequena "sociedade", porque eles a possuem. Existem casamentos, "filhos", anciões.

Ao conhecer Julie, tudo muda. Até que ponto um amor pode mudar um ser? Transformar a sua natureza? Um mundo?

Eu imaginava que seria apenas um livro sobrenatural, do qual tanto gostamos, uma estória de amor leve, mas o livro nos faz pensar no amor acima de tantas outras coisas, nos faz refletir. É um livro que deve ser apreciado. R nos mostra como é estar morto, não ter o que fazer, não ter as sensações e sentimentos de antes. Acho que se ele pudesse ter passado por essa experiência e voltar a ser "vivo", sua vida seria diferente, ele veria tudo de outra forma. Ele passa um pouco disso no inicio do livro.

Ao conhecer Julie, é como se ele pudesse viver tudo isso de novo. É como se tivesse a chance de "sentir" o que não imaginava ser mais possível. Vemos tudo isso passar diante de nossos olhos, como se fosse um milagre.

"Antes, quando eu estava vivo, nunca poderia fazer isso. Ficar parado assistindo o mundo ao passar por mim, praticamente não pensando em nada. Lembro-me do esforço. Lembro de objetivos e prazos. Metas e ambições. Lembro-me de ser cheio de propósitos, estando o tempo todo em todos os lugares. Agora, estou apenas parado aqui na esteira, me deixando levar. Chego no fim, dou a volta e volto pelo outro lado. O mundo está sendo destilado. Estar morto é fácil." p. 19

Os diálogos são poucos, vagos, os zumbis tem a sua boca em estado de decomposição, como todo o seu corpo, e isso não os permite falar claramente. Dessa forma, ficamos muito tempo na abeça de R, e você poderia pensar que isso é ruim, como eu pensei no inicio, quando folheei o livro antes de ler, mas não é. Ficar na cabeça de R não é ruim, mas a falta de diálogos encomoda um pouco. Outra coisa que também me encomodou, foi o fato do autor explicar que R não se lembra de nada da sua vida anterior, mas em algumas partes, como no quote acima, ele fala que se lembra de certos sentimentos, de algumas "pressões".

As palavras de Stephenie Meyer, autora da série Crepúsculo dizem: "Nunca pensei que poderia gostar tão apaixonadamente de um zumbi.", mas sinceramente eu pensei que é estranho isso, não me senti atraída pelo personagem a esse ponto, apesar de muitas vezes gostar muito das atitudes de R, dele se mostrar tão apaixonado, das atitudes que todo homem deveria ter com uma mulher.

Ainda esses dias, conversando com amigas minhas, eu dizia pensar que as vezes, o final de um livro, salva toda a obra. E foi o que aconteceu com esse! Não que o livro fosse ruim, mas o fim, bonito, forte, um fim que eu não imaginaria possível, foi como um bote salva vidas a algumas partes fracas na trama. Foi apaixonante!

Não classificaria esse livro com o tipo de estória que eu gosto, mas passar por ele, por algo diferente, foi muito interessante. Passar um tempo com R em sua vida, suas decisões, as consequencias, foi muito bom!

Nota:    Merecia um 3,5, eu dou 4 estrelas a livros que considero ótimos e cinco a espetaculares, então não pensem mal deste, que foi bom! ; )

A Summit comprou os direitos autorais do livro, e o filme homônimo está com data de lançamento prevista para agosto de 2012.

É isso gente. Espero que vocês tenham gostado do post!! rs

Beijos,